Aplicativos para tratamento capilar e de estudos para o Enem são pré-incubados na Escola do FuturoPublicado em: 16 de outubro de 2024
Esses dois protótipos para aplicativos foram os destaques dos estudos e aplicações experimentais no primeiro ciclo de 2024 do Programa de Pré-Incubação, desenvolvido dentro das Escolas do Futuro de Goiás
O desejo é o de ajudar milhares de pessoas a encontrar soluções eficazes e personalizadas para problemas capilares. Em 2024, ao ser selecionada para o primeiro ciclo do Programa de Pré-Incubação oferecido pelas Escolas do Futuro, gratuitamente, a estudantes e comunidade empreendedora, Marilia Camila de Souza desenvolveu o FolicUp, um aplicativo focado no tratamento capilar.
O FolicUp combina tricologia e nutrição para oferecer uma abordagem holística e individualizada. “Ele proporciona soluções eficazes, atuando de dentro para fora e de fora para dentro, ajudando pessoas a resolver questões como queda de cabelo, caspa, dermatites e oleosidade excessiva”, explica Marilia de Souza. “O aplicativo também fornece cosmecêuticos (cremes, loções, pomadas e outros itens de uso tópico e externo) e suplementos para quem está passando por disfunções capilares”, complementa.
Com o aplicativo, ela intenta melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, e, “desta forma ajudá-las no resgate da autoestima, além, é claro, de poder levar ao mercado algo que possa se destacar por meio da inovação tecnológica e da personalização”, vislumbra.
Com o apoio do programa de pré-incubação coordenado pelo Serviços Tecnológicos e Ambientes de Inovação (STAI), dentro das Escolas do Futuro de Goiás, que oferece treinamento, mentorias e cursos, Marilia fortaleceu sua proposta, elaborando um plano de negócios detalhado que incluiu análise de mercado, proposta de valor e identificação de diferenciais competitivos. “Utilizei o Business Model Canvas para mapear as principais áreas da empresa, segmentos de clientes, parcerias-chave, canais de distribuição e estrutura de custos. Além disso, elaborei um cronograma para a implementação do projeto, com metas claras para o desenvolvimento do aplicativo, marketing e parcerias”, enumera.
Para ela, o mais importante na fase de pré-incubação foi entender a importância da personalização no atendimento aos clientes, e como unir a ciência da tricologia com a nutrição. “Também foi essencial para validar a ideia de que o mercado carece de soluções integradas e abrangentes para problemas capilares de forma pessoal”, admite Marilia de Souza, que foi estudante na Escola do Futuro Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia.
Também no projeto está a jovem Deborah Loiola, de 20 anos de idade, estudante do Técnico em Desenvolvimento Mobile, na Escola Sarah Luísa Kubitschek, em Santo Antônio do Descoberto, que pretendia democratizar o acesso à educação pré-vestibular. Com a ideia na cabeça, ela partiu para os experimentos e estudos que pudessem dar vida ao negócio, que hoje leva seu nome.
“A proposta é oferecer conteúdos de qualidade e acessíveis a estudantes que se preparam para provas seletivas, como vestibulares tradicionais e o Enem, especialmente em comunidades de menor poder aquisitivo, onde as pessoas não têm condições de custear cursos preparatórios particulares”, explica.
Foi na pré-incubação que Deborah Loiola realizou parcerias com grupos de pesquisa e professores, “o que foi fundamental para a criação de conteúdos de qualidade, estruturação e publicação de trabalhos científicos, como resumos simples e expandidos”. A jovem contabiliza outros ganhos com a pré-incubação, como o crescimento pessoal e profissional. “Foi um processo de acreditar que posso fazer a diferença, e a Escola do Futuro não apenas incentiva o desenvolvimento técnico, mas o humano também”, opina a jovem.
Em novembro próximo novos editais à Pré-Incubação serão abertos para inscrições, com o início dos estudos e atividades no princípio de 2025. As Escolas do Futuro de Goiás são unidades pertencentes à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e administradas, por meio de convênio, pela Universidade Federal de Goiás, via Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT-UFG).