Estudante do curso técnico de Artes Visuais da EFG Basileu França ganha prêmio nacional de grafite

Margô Ornelas (terceira, da esquerda para a direita) subiu ao palco para receber o prêmio, junto a outras artistas, no Forum Nacional de Mulheres do Hip Hop

Estudante do curso técnico de Artes Visuais na Escola do Futuro de Goiás em Artes Basileu França, Margô Ornelas conquistou o primeiro lugar em um concurso de grafite, realizado no Fórum Nacional de Mulheres do Hip Hop, sediado em Salvador neste ano de 2025.

Margô tem mostrado que dedicação, coragem e talento podem transformar dificuldades em oportunidades de crescimento. Antes de ingressar no Basileu, Margô era uma artista independente. Sua trajetória começou durante a pandemia de Covid-19, quando, diante do isolamento e da escassez de recursos, ela decidiu usar a arte como forma de expressão e protesto. “Comecei a pintar na pandemia, quando a gente ficou muito tempo em casa, e a falta de recursos e de alimentos ficou mais evidente. Foi aí que minhas obras de protesto começaram a surgir”, relata.

Sua primeira exposição aconteceu na Feira das Pretas, evento realizado em Goiânia desde 2016. Lá, ela apresentou trabalhos feitos a partir de objetos e acessórios relacionados às dificuldades enfrentadas. Desde então, Margô tem se dedicado ao aprimoramento técnico e à busca por novas oportunidades. Apesar de ainda não fazer parte de grupos de grafite, ela participa de eventos e concursos de forma independente.

Ela conta que no Fórum de Mulheres do Hip Hop enfrentou condições adversas como chuva e vento, que dificultaram o trabalho, mas não impediram sua dedicação. “Foi uma experiência maravilhosa, que me mostrou o quanto posso aprender e evoluir”, afirma. Margô conquistou o primeiro lugar com uma obra que retrata uma menina saindo de um prédio, simbolizando o nascimento de uma flor. A frase “Tudo o que faça, floresça” acompanha a peça, refletindo sua filosofia de vida. “Meus desenhos têm um estilo livro, são feitos de acordo com o que estou sentindo no momento”, explica.

A jovem artista destaca o papel fundamental do incentivo recebido de seus professores no Basileu, que a apoiam na busca por novas experiências e no aprimoramento técnico. “Eles sempre falaram para a gente abraçar todas as oportunidades que a gente tem, meter a cara mesmo, e eles mostram as técnicas para a gente, ensinam como melhorar o trabalho, com isso, estou aprimorando muito as minhas técnicas”, comenta.

Margô faz questão de agradecer também à produtora cultural Ayah Akili, que promove eventos de valorização artística. Foi ela que a convidou para pintar um livro para a seleção de grafiteiros, uma oportunidade que ela considera única. “Ela falou assim: “Vamos dar oportunidade para quem nunca teve”. Foi incrível poder mostrar meu trabalho em um espaço tão importante”, celebra. Ela destaca também o incentivo do Quintal Livre Gastrobar, que cedeu o espaço para um evento que a auxiliou com os custos da viagem a Salvador. "Essa festa e uma rifa que eu fiz foi o que me permitiram chegar até lá, a participação do Quintal Livre foi muito importante.”